domingo, 10 de março de 2013

CRIOPRESERVAÇÃO DE CÉLULAS TRONCO - CRIOBANCO

Anteriormente sem saber o que íamos passar já estávamos pesquisando e conhecendo o processo de armazenamento de células tronco. No dia que assinamos o contrato de armazenamento de células tronco do Arthur ficamos sabendo que o coraçãozinho dele havia parado. Hoje vivemos a descoberta e a luta pela vida da minha mãe, não é fácil e não tem  recomendação de transplante pela idade, sendo assim, temos um motivo a mais para armazenar geneticamente falando. Formalizamos então, o contrato de armazenamento de células tronco do Mateus, esta formalização é parecida com seguro de carro, vamos ter e não queremos ter a necessidade de utilizar...

Abaixo informações de como o procedimento é feito 
 
COLETA DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL
 
A coléta do sangue do cordão umbilical é realizada no momento do nascimento e não apresenta qualquer risco à mãe e ao bebê.
Assim que o obstetra retira o recém-nascido, a enfermeira ou o médico responsável pela coleta punciona os vasos sanguíneos do cordão umbilical com uma agulha, drenando todo o sangue para o interior da bolsa de coleta.
Após a retirada da placenta, inicia a segunda fase, denominada extrauterina, quando retira, com a ajuda de uma seringa, o sangue placentário antes de sua coagulação. Todo o material utilizado é estéril, seguro e fornecido no kit de coleta do Criobanco, não dependendo de qualquer insumo fornecido pelo hospital ou maternidade.
O kit coleta contém:
  1. - Caixa-térmica, com gelo reutilizável em gel e termômetro com medição de máxima e mínima;
  2. - Bolsa plástica tripla estéril de coleta com capacidade para até 450 ml de sangue;
  3. - Capote descartável e estéril para acesso ao campo cirúrgico;
  4. - Seis seringas e agulhas descartáveis e estéreis para coleta extrauterina, coleta de amostra de sangue materno e do cordão umbilical;
  5. - Um frasco de heparina injetável e estéril 5.000 u/ml;
  6. - Gaze estéril;
  7. - Luva estéril e luvas de procedimento.
O kit coleta é levado ao hospital pelo profissional do Criobanco ou pode ser fornecido aos contratantes para coleta sem a presença de nossa equipe, dependendo do caso.
 
 
 

TRANSPORTE E RECEPÇÃO

Após a realização da coleta, o sangue do cordão umbilical é acondicionado na caixa térmica contendo o gelo reciclável e o sensor para registro da temperatura interna. O recipiente é então lacrado ainda no local do parto, garantindo-se portanto a inviolabilidade do material até a chegada ao nosso laboratório.
A embalagem lacrada é entregue no laboratório em até 24 horas após a coleta, tomando-se os devidos cuidados para que as células tronco sejam mantidas em segurança, como por exemplo, a não exposição a Raio X e temperatura mantida entre 4 e 24º Celsius. Ademais, as caixas são numeradas, permitindo-nos rastreá-las durante o transporte do material biológico coletado.
A recepção do material em nosso laboratório começa com a checagem da integridade da embalagem e de sua inviolabilidade. Em seguida, é checada as condições gerais da coleta, como integridade da bolsa, volume de sangue coletado e ausência de coágulos que poderiam afetar a qualidade da amostra. A bolsa contendo o sangue do cordão umbilical é então acondicionada temporariamente em refrigerador próprio mantendo-se a temperatura adequada até que se inicie a etapa de processamento das células tronco.
 
 

PROCESSAMENTO DO MATERIAL

Primeiramente são coletadas pequenas amostras do sangue para exames laboratoriais e em seguida as células tronco são separadas do sangue total coletado através de centrifugação e concentradas num volume final de 20ml, chamado de buffy coat. Essa é a parte do sangue rica em células tronco. Quanto maior o volume de sangue de cordão umbilical coletado, maior o número de células disponíveis no buffy coat. Após a separação, novos exames laboratoriais são realizados a fim de assegurar a esterilidade e a quantidade disponível do material a ser criopreservado. Todas as etapas do processamento em sistema aberto são realizadas em ambiente estéril, com nível de segurança classe II .
 
 
 
CRIOPRESERVAÇÃO
 
Após a separação em cabine de segurança biológica classe II, as células-tronco são transferidas para bolsa dupla de criopreservação da marca Thermogenesis. O volume final é de 20 ml de células mais 5 ml de um meio específico para proteção das células durante o período de armazenamento.
Antes de serem definitivamente armazenadas, a bolsa contendo as células é acondicionada em um cassete metálico previamente identificado com os dados do cliente e, em seguida, levada à câmara de congelamento programado, equipamento que propicia a redução gradual e controlada da temperatura da amostra até -90º Celsius protegendo de forma mais eficaz a integridade celular.
Num último estágio, a bolsa já congelada é transferida para o tanque de criopreservação, sendo posicionada em racks mapeados e registrados. No Criobanco utilizamos a tecnologia dos tanques americanos da marca CBS, com criopreservação em vapor de nitrogênio, o que impossibilita o contato direto do nitrogênio líquido com a bolsa, minimizando-se os riscos inerentes a esta situação e aumentando, portanto, a segurança das células-tronco armazenadas.
 
 

EXPEDIÇÃO

A disponibilização das células-tronco criopreservadas se dá a partir de uma necessidade para aplicação terapêutica. Nesse caso, o médico responsável pelo paciente emite um termo de intenção de utilização das células para que o Criobanco disponibilize o laudo técnico da coleta e criopreservação e uma amostra das células para a confirmação de sua aplicabilidade para o tratamento em questão.
Confirmando-se a utilização do material, o Criobanco é responsável pelo transporte das células até o local definido para o tratamento do paciente. Para isso, as mesmas devem ser disponibilizadas ainda criopreservadas e, nesse sentido, dispomos da tecnologia dry shipper, que é um contêiner especial de transporte da marca CBS que, uma vez abastecido com nitrogênio líquido, mantém as células criopreservadas por até 10 dias.
 
 
TERAPIA CELULAR: O QUE É E SUAS FINALIDADES
 
Terapia Celular
 
A noção de substituir partes danificadas do organismo por outras perfeitamente funcionais povoa o pensamento dos pesquisadores desde a antiguidade clássica. Mas foi no século 20 que um conceito de tratamento começou a ganhar destaque na comunidade científica mundial: a terapia celular. Muito discutida, a terapia celular é, por definição, um conjunto de métodos que utiliza células para tratar ou regenerar tecidos ou órgãos danificados. As células podem ser usadas das mais diferentes maneiras no processo de terapia: endovenosamente, ou injetadas diretamente no tecido ou órgão comprometido, com o objetivo de promover efeito regenerativo ou protetor.
Algumas terapias fazem parte do cotidiano da medicina moderna e são acessíveis a cidadãos do mundo inteiro. Nessa categoria estão: a hemoterapia ou a medicina transfusional, conhecidas popularmente como "transfusão de sangue", bem como e os transplantes de medula óssea. Ambas são reconhecidamente comprovadas em termo de eficácia e amplamente utilizadas para diversos tratamentos, a primeira para doenças relacionadas ao sangue ou para reposição de algum componente, como plaquetas, plasma, leucócitos ou hemácias; e a segunda para tratamentos de patologias como leucemias, linfomas, mielomas, síndromes de falha da medula-óssea e hemoglobinopatias.
Outra possibilidade de terapia celular bastante estudada e que tem ganhado maior esclarecimento da população acerca de seus avanços é que se dá a partir da utilização de células-tronco. Centenas de pesquisas já foram publicadas, utilizando-se de células-tronco obtidas de diferentes fontes (sangue de cordão umbilical, medula óssea, tecido adiposo, embrionárias, entre outras), que indicam que essas terapias podem ser utilizadas no tratamento de doenças, embora o foco principal esteja na busca pela medicina regenerativa, em que as células são utilizadas para recuperar tecidos ou órgãos lesados.
Sabe-se, entretanto, que o futuro da terapia celular caminha para um grande desafio no campo das pesquisas com células-tronco, que passa pela diferenciação das células e sua multiplicação em laboratório para uso terapêutico. Esse é um passo largo a ser dado e que provavelmente, ao ser conquistado, levará a uma nova perspectiva da medicina para tratamentos de doenças.
 
Fontes

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